A fina camada de células que reveste a parede ou os órgãos da cavidade abdominal, denominada peritônio, pode ser acometida por células cancerígenas. Os fatores de riscos não são conhecidos e os sintomas são inespecíficos. Os tumores podem ser primários (originados no próprio peritônio) ou secundários (proveniente de outros órgãos como ovários, apêndice, intestinos, etc). Algumas dessas neoplasias são complexas e raras como:
Mesotelioma Maligno
Neoplasia rara que surge na região peritoneal através das chamadas células mesoteliais. Considerada primária, origina-se no próprio no peritônio. Sua incidência anual é de 1 a 2 casos por milhão de habitantes/ano. A doença acomete mais frequentemente o sexo masculino em uma proporção de 3 por 1, sendo 2/3 dos casos em pacientes entre 50 e 60 anos. O principal fator de risco identificado até o momento é a exposição ao amianto, material amplamente utilizado no século 20 e que hoje é proibido em vários países, sendo que no Brasil foi banido somente em novembro de 2017.
Pseudomixoma Peritonei ou PMP
Igualmente raro (1 a 2 casos por milhão de habitantes/ano) este tipo de neoplasia peritoneal surge em algum órgão da região (intestinos, ovário, apêndice, útero, estômago, pâncreas) e atinge o peritônio, desta forma considera-se uma neoplasia secundária, conhecida como carcinomatose peritoneal ou metástase peritoneal. Sua incidência é um pouco maior entre as mulheres. Os tumores podem dilatar as células produtoras de muco no abdômen, o que leva ao aumento da região abdominal.
